As viagem para sentir a liberdade da praia, fazenda, cachoeiras, enquanto havia aprisionamento na cidade, foram feitas com ela.
As músicas mais libertadoras de um lugar só nosso, ouvimos juntos e cantamos na estrada. O desejo e o gosto de beber aqueles vinhos que sempre havia em outra história, sentimos.
Com uma paixão fulminante dividi a minha cama, a da minha casa, a mesma que eu fiz minhas filhas, onde sonhei com uma família, aquela que Deus me deu.
Naquela casa estava ela, ocupando todos os espaços que nunca foram dela. As fotos dessa família não demarcaram nenhum espaço, todo preenchido pela força da indiferença.
As flores escondidas num cantinho foi surpresa para ela. Fui doce e dei os melhores doces.
A jóia sempre difícil de escolher, foi rapidamente eleita para ela.
Dos posts que nunca curti fazer, fiz fotos com ela.
O meu corpo semanalmente trabalhado foi pensando para ela. Os beijos que eu neguei, foram só dela, por dias seguidos.
A bagunça que a gente fez junto nesse espaço esvaziado e reservado para nós dois, foi inesquecível. Guardo em arquivo as mensagens memoráveis dos dias perfeitos que vivi.
O amor que eu não sabia identificar a vida inteira, acredito ter encontrado.
Arranquei dela os cabelos naquele sexo que eu sempre desejei, junto também arranquei todo meu respeito por alguém. O tesão, ali, presente exatamente como eu gosto.
Comemos de tudo, ela é a minha mudança, a minha ebulição, a minha salada, o meu sorvete, aquilo que passei a ser.
Mas antes de tudo isso, depois daquele verdadeiro último abraço apertado de março, eu me despedi de quem eu era e de quem eu sempre tive.
Nada isolado
25 terça-feira ago 2020
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